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Sindmed-AC flagra falta de médico na UCI do Hospital da Criança, e caso pode se transformar em processo contra gestores 151g6l

Atualizada em 22/04/2025 17:03 3m43o

O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) voltou a flagrar a ausência de médicos na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital da Criança (HC), abrigado no Into. A constatação ocorreu na quinta-feira, 17, quando servidores informaram que o ambiente havia se transformado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que reforça a necessidade de contar com profissional de plantão, agravando ainda mais a situação e expondo as crianças ao risco de morte.

O único setor em que se verificou ampliação do número de leitos foi a enfermaria, que ou de 55 para 60 macas. No entanto, o aumento não foi acompanhado da quantidade necessária de profissionais. Com isso, dois plantonistas são obrigados a enfrentar uma jornada extenuante para manter os cuidados essenciais às crianças.

“A situação é crítica porque não podem ocorrer mais de duas intercorrências ao mesmo tempo. Se uma terceira criança ar mal, terá que aguardar até que os médicos consigam atender os primeiros dois pacientes, o que aumenta a possibilidade de morte. Nossa preocupação é garantir atendimento, mas, sem profissionais suficientes, torna-se difícil atender a todos os casos”, protestou a diretora do Sindmed-AC, Luiza Zamith.

A visita do Sindicato também constatou que a chamada sala vermelha não possui isolamento apropriado nem equipe suficiente, dependendo de outros setores para a estabilização dos pacientes.

Escala

Outra irregularidade é a ausência de uma escala de plantão para os médicos da área conhecida como UCI e que teria sido transformada em UTI. A situação já foi denunciada às autoridades, mas continua a se repetir, desrespeitando a legislação vigente, por isso o Conselho Regional de Medicina (CRM), o Ministério Público Estadual e outros órgãos fiscalizadores serão informados.

“Como os gestores estão cientes de todos os problemas, o caso deveria se transformar em um processo para responsabilizar aqueles que não tomaram providências, mesmo após os alertas”, afirmou a diretora do Sindicato, Suelen Carlos.

UCI ou UTI

Caso exista a confirmação da mudança de UCI para UTI, a quantidade de médicos necessários aumenta, como previsto na Resolução 2271/2020, agravando ainda mais a possibilidade do cometimento de uma ilegalidade, de acordo com o Sindmed-AC.

Banheiros

Na enfermaria, os pacientes se revezam no uso do banheiro do quarto destinado ao isolamento, devido à insuficiência de instalações sanitárias. O outro banheiro, mais distante da enfermaria, não oferece privacidade, pois suas divisórias não possuem portas. Além disso, as poucas portas existentes não têm trancas, o que obriga os usuários a trancar a porta principal para utilizá-lo, inviabilizando o uso simultâneo por mais de uma pessoa.

Antigo HC

A equipe do Sindicato também visitou o antigo espaço do Hospital da Criança, localizado no mesmo prédio da Maternidade Bárbara Heliodora (MBH). O estado havia anunciado a entrega de novos leitos para crianças, mas a realidade mostrou-se diferente. Todo o espaço está sendo utilizado pelo posto 1 da maternidade, ou seja, não há novos leitos pediátricos. Em vez disso, grávidas foram transferidas para o setor devido a obras em parte das enfermarias.

A principal reclamação no ambiente é a falta de médicos suficientes para atuar nas enfermarias. As mães acabam dependendo dos visitadores, que am pelo setor pela manhã, ou dos plantonistas do setor neonatal, que ficam distantes. Mesma situação vivida pelos obstetras, que estão distantes do posto 1, além da sobrecarga ocasionada pela quantidade de atendimentos.

“Toda essa situação será documentada em um relatório que enviaremos às autoridades, exigindo a punição dos gestores. Solicitaremos que o CRM realize uma apuração mais detalhada acerca do adequado dimensionamento da equipe médica necessária e de outras irregularidades encontradas, de acordo com a Resolução CFM 2271/2020. Os médicos acabam sofrendo com jornadas extenuantes de trabalho, e a população desconhece que toda a responsabilidade recai sobre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que tem conhecimento dos problemas, mas não os soluciona”, concluiu Luiza Zamith.

[Assessoria]

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