Atualizada em 04/06/2025 09:02 31zi
Entre 2020 e 2023, a população de baixa renda (Classes D/E) cresceu mais de 30% em Rio Branco, enquanto as Classes A, B e C registraram retração no mesmo período. Os dados são do Estudo Especial “Classes de Renda no Rio”, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) da Prefeitura do Rio de Janeiro, com base na Pnad Contínua Anual do IBGE.
O levantamento indica que apenas 1,1% dos moradores da capital acreana estão na Classe A, que inclui domicílios com renda mensal superior a R$ 25 mil. Esse índice representa a penúltima colocação entre as capitais brasileiras, à frente apenas de Porto Velho (RO), com 0,9%. Em comparação a 2020, houve queda de 0,4% nessa faixa, sinalizando uma redução da concentração de renda mais alta em Rio Branco.
Na Classe B — formada por domicílios com rendimentos entre R$ 8 mil e R$ 25 mil — a capital acreana aparece na 25ª posição nacional, com 13,4% da população. Apenas Maceió (AL), Recife (PE) e Fortaleza (CE) possuem proporções menores. Em três anos, essa parcela caiu 2,8 pontos percentuais.
A situação da Classe C, que abrange rendas entre R$ 3,5 mil e R$ 8 mil, também mostra retração. Com 24,6% da população, Rio Branco está novamente entre as últimas do ranking nacional (25ª colocação), após uma queda expressiva de 10,1% no período analisado.
Por outro lado, as Classes D/E — domicílios com renda de até R$ 3,5 mil — reúnem hoje 60,9% da população de Rio Branco. A capital só fica atrás de Recife, onde essa faixa representa 62,5% da população. Entre 2020 e 2023, o aumento nessa faixa foi de 31,1%, refletindo um cenário de empobrecimento e maior concentração nas camadas sociais mais vulneráveis.
O estudo revela uma mudança significativa na composição social da cidade, com o avanço das faixas de menor renda e o recuo dos estratos mais elevados da pirâmide econômica.