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quinta-feira, 5 de junho de 2025
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Com superlotação,prefeitura de Rio Branco deve inaugurar novo abrigo para refugiados 5o1914

Atualizada em 24/06/2024 09:32 u462u

Seis mil pessoas em condição de refugiadas aram pelo Acre em 2023, segundo um estudo feito pelo Observatório das Migrações Internacionais. Em todo o Brasil, foram registradas mais de 100 mil refugiados, o que coloca o índice do Acre em 4,3% em comparação a outros estados do norte.

Para acolher essas pessoas, a assistência social do município de Rio Branco tenta dialogar com outras pastas pra amenizar a situação. Uma equipe da Rede Amazônica Acre visitou o Abrigo para Migrantes, na capital acreana. São inúmeras pessoas que vão embora dos países de origem pra recomeçar a vida. A venezuelana Natália Contreras, por exemplo, saiu de seu país de origem, ou 7 anos no Peru, e agora está no Brasil. Tudo isso para garantir o melhor pra sua família, segundo ela conta.

“Eu vim do peru. Saí do meu país [Venezuela] em 2018, cheguei ao Peru e estive lá há um tempo. Mas por causa da situação que vivi lá, a saúde complicou com minha filha. Decidi migrar aqui ao Brasil. Aqui me dão as oportunidades de levar minha filha ao médico, de que seja atendida e tudo isso para que ela melhore. E essa foi uma das coisas que me trouxeram aqui ao Brasil’, relata.
O Abrigo para Migrantes, em Rio Branco, tem capacidade para pouco mais de 30 pessoas. Porém, atualmente, são mais de 70 acolhidos, incluindo imigrantes e refugiados. No mês ado, a estrutura já contava com a superlotação e agora os problemas também envolvem a falta de manutenção nos aparelhos de ar-condicionado, que estão sem funcionar. O espaço nos banheiros é minúsculo, e a encanação deixa a desejar.

O local é a única casa de agem na capital para imigrantes e refugiados. São 72 pessoas que esperam melhores condições da assistência social. Conforme a Assistência Social, a nova casa pra abrigar essas pessoas será entregue na semana que vem. Porém, até lá os problemas podem se agravar, como a falta de ventilação.

Por conta dos problemas estruturais, a prefeitura decidiu transferir o abrigo para outro prédio, no bairro Aviário, com a promessa de mais espaço e vaga para as famílias, como explica o diretor de Assistência Social Ivan Ferreira.

“Vamos ampliar o número de vagas, de quartos, toda a questão logística. Temos trabalhado nisso, por determinação do prefeito Tião Bocalom, para que a gente possa dar a maior prioridade a esse novo espaço que vai ser locado. Estamos concluindo a manutenção e em breve vamos entregar esse espaço para o público que tanto precisa”, afirma o diretor.

Ferreira ressalta que estão sendo feitas reuniões e seminários para estabelecer as estratégias de atendimento aos imigrantes e as medidas para lidar com o fluxo migratório na capital e em todo o estado.

“Tivemos reunião para discutir e debater o fluxo com o Ministério Público, que tem sido parceiro neste momento, vale frisar, todos os órgãos, Cáritas, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, em busca de conseguir construir um fluxo e o sofrimento daquelas pessoas que buscam o Brasil em busca de oportunidade”, acrescenta.

Apesar dos problemas, os acolhidos recebem assistência dos funcionários da casa 24 horas por dia. São diversos serviços que ajudam na rotina, e alguns deles são feitos por voluntários, como explica a psicóloga Myrlanne Araújo.

“Hoje em dia, a gente tem os nossos próprios colaboradores que também nos auxiliam, temos uma que dá aula de português para eles, que ela entende bem espanhol, então ela ajuda eles de forma voluntária mesmo com a aula de português. Temos aula de violão, também com as crianças e os adolescentes da casa. A gente sempre oferece palestras para informar sobre questão de saúde e questões também de informações dos direitos e deveres deles aqui no Brasil”, frisa.

Para Myrlanne, uma nova sede para o abrigo vai permitir que o atendimento seja oferecido de maneira mais eficiente.

“A casa vai trazer mais essa questão do conforto e a segurança, porque hoje em dia a gente tá aqui com eles em um bairro periférico, e traz essa certa insegurança para nós”, acrescenta.

[G1]

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