18.3 C
Rio Branco
quinta-feira, 29 de maio de 2025
O RIO BRANCO
BrasilGeral

Impactos do ‘La Niña’ no clima brasileiro: o que esperar em 2025? 1x3r4l

Atualizada em 09/02/2025 12:20 2h6v21

Fenômeno climático deve persistir no mundo até abril deste ano 4x5t5a

O planeta já está sob o efeito do fenômeno climático La Niña, conforme anunciado pela NOAA (sigla em inglês – National Oceanic and Atmospheric istration) em janeiro deste ano. Mas, como este fenômeno impacta o Brasil?

A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Danielle Ferreira, explica que, em anos do La Niña, observa-se a redução das chuvas na Região Sul do Brasil, tanto na quantidade, quanto na frequência, havendo possibilidade de alguns períodos longos sem precipitações.

No entanto, não é somente no Sul brasileiro que o La Niña tem forte impacto. Todo esse movimento que caracteriza o fenômeno nasce no Oceano Pacífico Equatorial e reverbera, de formas distintas, em diversas outras regiões.

Na faixa norte das regiões Norte e Nordeste do Brasil ocorre o inverso: o excesso de chuva, o que vem acontecendo atualmente em grande parte dessas áreas, com constantes avisos laranja de perigo para chuvas intensas.

“As frentes frias am mais rapidamente sobre a parte leste da Região Sul e acabam levando mais chuvas para a Região Sudeste, podendo chegar até parte do litoral nordestino. Esse comportamento típico nem sempre ocorre, pois é necessário considerar também outros fatores como a temperatura do Oceano Atlântico (Tropical e Sudeste da América do Sul), que também pode atenuar ou intensificar os impactos do fenômeno”, afirma a meteorologista.

O aquecimento do Atlântico Tropical, por exemplo, favorece a ocorrência de chuvas no Norte do Brasil, devido ao deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais para o sul de sua posição climatológica.

Importância do oceano

Tanto o La Niña quanto o El Niño se formam no Oceano Pacífico Equatorial, o que reforça a tese de que os oceanos exercem uma grande influência sobre o clima em diversas partes do planeta.

Danielle explica a diferença entre estes dois fenômenos climáticos: o El Niño é o aquecimento anômalo das águas do Pacífico Equatorial, enquanto o La Niña, caracteriza-se pelo resfriamento anômalo das águas dessas águas. “Por isso a importância do monitoramento de suas condições”, ressalta.

Desta forma, vem se observando na chamada Região do Niño 3.4 (área entre 170°W e 120°W), temperaturas da superfície do mar (TSM) com valor de 0,5°C abaixo da média desde outubro/2024 e em dezembro/2024, chegou ao patamar de 1,0°C abaixo da média, indicando a presença de águas mais frias que o normal.

A persistência dessas anomalias (diferença entre o valor observado e a média) por três meses consecutivos, caracteriza o fenômeno La Niña. A previsão é de que o fenômeno persista durante o trimestre fevereiro-março-abril de 2025, com 59% de probabilidade (Figura 1).

Para os próximos meses, são esperadas temperaturas acima da média em grande parte do território brasileiro e chuvas mais concentradas nas Regiões Norte, Centro-Oeste e áreas do norte e oeste da Região Nordeste, no primeiro trimestre de 2025.

Figura 1: Previsão probabilística do IRI para ocorrência de El Niño ou La Niña

Adaptado de IRI (International Research Institute for Climate and Society)

Fonte: inmet.gov.b

Artigos Relacionados 4e5a1r

Empresário Osvaldo Dias é condecorado com a Comenda Teófilo Maia durante solenidade 6a6mn

Raimundo Souza

Governador Gladson Camelí destaca importância do lazer e do agronegócio durante cavalgada em Epitaciolândia 5r6n4o

Raimundo Souza

Apenas seis cursos de medicina têm nota máxima no Enade 634l5p

Raimundo Souza

Bolsonaristas surfam em queda de popularidade de Lula, mas veem 2025 difícil para ex-presidente 3c63j

Raimundo Souza

Blindagem organizacional: como o controle interno e a auditoria fortalecem a gestão 64643k

Raimundo Souza

Candidatos têm última semana para se inscrever no concurso unificado 3y6g59

Jamile Romano