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Mulheres comandam pela 1ª vez o Brasil no número de medalhas, bem à frente dos homens 621z43

Atualizada em 07/08/2024 11:35 i594w

Pela primeira vez, as mulheres brasileiras chegaram às Olimpíadas em número superior ao dos homens (153 x 124). Também pela primeira vez, as mulheres brasileiras fazem nas Olimpíadas uma campanha quantitativa superior à dos homens.
E por larga margem.
A cinco dias do encerramento de Paris-2024, com dois terços dos Jogos completados, das 13 medalhas conquistadas pelo Brasil, 9 vieram com elas e somente 3 com eles.
O pódio que fecha a conta saiu com a equipe mista do judô. E, mesmo nessa competição, quem assegurou o bronze, na luta de desempate, foi uma mulher: Rafaela Silva.
Os dois ouros conquistados até aqui pela equipe brasileira saíram também com a performance feminina: a judoca Beatriz Souza triunfou na categoria acima de 78 kg e Rebeca Andrade, na prova do solo da ginástica artística.
Rebeca, sozinha, ganhou o mesmo número de medalhas que os homens tinham faturado para o Brasil até esta terça-feira (6). Além do ouro no solo, foi prata no individual geral e no salto. Com a equipe, a maior medalhista da história olímpica do Brasil ainda levou um bronze.
Um terceiro ouro escapou por diferença de 0.17 pontos. Foi por essa margem que Tatiana Weston-Webb não foi campeã olímpica no surfe. Dois bronzes ainda estiveram perto delas. Um deles, pertíssimo.
Na canoagem slalom, Ana Sátila terminou a final do caiaque em quarto lugar. Ela ficou menos de um segundo atrás da terceira colocada.
No skate park, Dora Varella também terminou na quarta posição. Na final, teve pontuação 89.14. A medalhista de bronze somou 92.31.
Essa fotografia é bem diferente da vista nas 20 participações anteriores do Brasil nos Jogos em que o país “medalhou”.
A nadadora Maria Lenk (1915-2007) foi a primeira brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, em Los Angeles-1932. Tinha 17 anos. Nos 200 m peito, terminou na oitava colocação.
Em Tóquio-1964, Aída dos Santos, hoje com 87 anos, registrou a melhor participação feminina do Brasil até então: chegou à final do salto em altura e, com a marca de 1,74 m, ficou em quarto lugar, a 4 cm do bronze.
Pódios femininos para o Brasil vieram somente em Atlanta-1996, quando o masculino já acumulava 40, os primeiros na Antuérpia-1920 (três, todos no tiro esportivo).
Nos EUA, 28 anos atrás, foram quatro medalhas delas (uma de ouro, com Jacqueline Silva e Sandra Pires, no vôlei de praia), porém a diferença para os homens foi grande –eles ganharam 11, sendo duas douradas.
Depois disso, a predominância masculina prosseguiu, mas a evolução feminina ou a ser notada.
De Sydney-2000 a Tóquio-2020, com o país sempre atingindo dois dígitos nas medalhas olímpicas, os homens sempre trouxeram para o Brasil mais medalhas que as mulheres (63 x 33), porém em duas edições elas os superaram qualitativamente. Tanto em Pequim-2008 como em Londres-2012, ganharam dois ouros, e eles, um.
O país, em toda sua história olímpica, ganhou 163 medalhas: 116 com os homens (71%), 46 com as mulheres (28%) e uma mista. Em ouros, eles têm 27 (69%) e elas, 12 (31%)
Agora, como os homens não têm perspectivas de “medalhar” muito até o fim de Paris-2024 (as melhores chances se concentram em Alison dos Santos, o Piu, no atletismo, e Isaquias Queiroz, na canoagem velocidade), a goleada feminina deve prevalecer.
Resta saber qual será a diferença no final, se as atuais seis medalhas ou mais que isso.
As brasileiras já asseguraram pelo menos mais um pódio, com a seleção de futebol, que avançou à final ao derrotar a Espanha –o time será ouro ou prata. A seleção masculina nem se classificou para os Jogos.
E elas possuem boa chance de êxito com a seleção de vôlei, com Ana Marcela Cunha na maratona aquática e com Ana Patrícia/Duda no vôlei de praia.
A maior margem registrada entre homens e mulheres do Brasil em Olimpíadas ocorreu no Rio-2016 (14 a 5 para eles, 9 medalhas de vantagem).

 

[Folha Uol]

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