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Primeira missa na Notre-Dame reaberta tem recado sobre crise política da França 2k5i3

Atualizada em 08/12/2024 07:55 h2d38
O arcebispo de Paris, Laurent Ulrich durante missa, com o presidente francês Emmanuel Macron na primeira fila - Sarah Meyssonnier/Reuters

Arcebispo de Paris diz orar pelo país em meio à disputa entre presidente e Assembleia Nacional 42p63

Paris

Bem menos badalada que a cerimônia de reabertura da véspera, a primeira missa na catedral de Notre-Dame restaurada após o incêndio de 2019, foi marcada por uma rara mensagem política do arcebispo de Paris.

“Oro por nosso país, que está olhando para o futuro com inquietude”, disse na manhã deste domingo (8) Laurent Ulrich, diante do presidente da França, Emmanuel Macron, sentado na primeira fila.

Macron enfrenta a maior crise de seus sete anos de governo. O primeiro-ministro escolhido por ele em setembro, Michel Barnier, foi derrubado por um voto de censura da Assembleia Nacional. A três semanas do final do ano, a França não tem orçamento aprovado, e parte da oposição pede a renúncia do presidente.

Apesar da aparente neutralidade, o recado do arcebispo foi uma sutil quebra de protocolo, em um país onde a separação entre Igreja e Estado é um princípio previsto em lei desde 1905.

O próprio Macron foi criticado por violar essa regra ao discursar duas vezes dentro da catedral recém-reformada, a primeira na semana anterior, durante uma visita à obra para homenagear os operários; e a segunda, no início do ofício religioso de sábado (7). Esse último pronunciamento deveria ter ocorrido do lado de fora, mas foi transferido para o interior sob o pretexto do mau tempo.

Se mais de 30 chefes de Estado compareceram à reinauguração do sábado, a missa de domingo, apenas para convidados, teve menos presenças ilustres. Macron, que na véspera sentara-se ao lado do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, desta vez teve a companhia do grão-duque Henri, de Luxemburgo.

Além da menção à situação política sa, o arcebispo Ulrich abordou de forma genérica os conflitos atuais no planeta. “Penso especialmente em todos vocês ao redor do mundo que estão enfrentando os rigores da guerra, da violência, do terrorismo e dos tráficos vergonhosos.”

Uma segunda missa está prevista para a noite de domingo, às 18h30 de Paris (14h30 de Brasília), a primeira aberta ao público em geral. Foi preciso reservar online um lugar.

A partir de segunda-feira (9), a catedral poderá ser visitada por turistas. A diocese de Paris recomenda reservar um lugar pelo site oficial, com 48 horas de antecedência. Haverá uma fila para visitantes sem reserva, mas se preveem longas horas de espera.

A entrada será gratuita. O governo francês chegou a propor a cobrança de € 5 (cerca de R$ 31) pela entrada, o que desagradou a Igreja. O papa Francisco, que recusou convite de Macron para a reinauguração de Notre-Dame, fez questão de tocar no assunto na mensagem que enviou para ser lida no ofício de sábado. Pediu que os fiéis sejam recebidos “generosamente e gratuitamente” na catedral reaberta.

Folha UOL

 

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