25.3 C
Rio Branco
quinta-feira, 22 de maio de 2025
O RIO BRANCO
AcreGeral

Trote: quando o criminoso ri por último 561w3p

Atualizada em 13/04/2025 08:18 105ww

Quem nunca apertou a campainha do vizinho e saiu correndo? Essa brincadeira de criança também é um forma de trote. Mas, quando envolvemos o sistema de segurança nesse contexto, não é tão engraçado assim. Cotidianamente, vemos e ouvimos em noticiários que, em caso de emergência, “ligue 190”. São apenas três números simples e decoráveis, no entanto, eles não devem ser utilizados como se fossem a campainha do vizinho. Muitas vezes, pessoas o utilizam para “pregar uma peça” na polícia. Essa prática, embora bastante conhecida pela sociedade, continua sendo realizada por indivíduos anônimos que não entenderam a gravidade do assunto.

Todavia, para quem está diariamente nas ruas realizando patrulhamento pela cidade, cada mensagem recebida do Comitê de Operações Militares (Copom), via rede de rádio, é importante. São inúmeras e distintas as ocorrências que chegam aos policiais militares que estão em uma viatura. Muitas vezes, são simples conflitos, como o som alto do vizinho, porém, existem aquelas mais graves, como um roubo em andamento. Independentemente da natureza da situação, a equipe policial vai até o local averiguar o fato.

Quando a ocorrência tem um desfecho positivo, o sentimento de dever cumprido toma conta dos policiais. Contudo, infelizmente, nem sempre isso ocorre. Por vezes, a polícia recebe uma denúncia e, quando chega ao local, encontra apenas o nada. Sem vítimas, sem testemunhas, enfim, sem crime. Houve um trote.

O problema todo é que quando se mobiliza uma viatura policial para um ponto de sua área de atuação, outra região fica desguarnecida. Muitas das vezes, é nesse exato momento que acontece um crime. O que as pessoas que geram uma falsa ocorrência não param para analisar é que a vítima pode ser um familiar seu. Além disso, essas ligações congestionam o fluxo de atendimento e dificultam o despacho das ocorrências para as equipes policiais que estão nas ruas. As consequências? Maior liberdade de ação para o criminoso, que terá tempo para efetuar o delito e fugir.

Vale ressaltar também que os recursos desperdiçados para atender uma ocorrência inexistente saem do bolso de cada cidadão que, em muitos casos, não consegue atendimento em tempo hábil por conta de um trote. Hoje, a tecnologia disponibiliza formas de rastrear os dados da pessoa que pratica o trote, mas o principal meio de evitar esse tipo de ação é denunciando essa prática negativa e conscientizando as pessoas.

Aos pais, cabe ensinar a seus filhos quão é inconveniente apertar a campainha do vizinho e sair correndo, pois possivelmente, no futuro, essa criança se tornará o cidadão que irá ligar para a polícia em alguma situação de perigo. Aos que já são adultos e ainda praticam o trote, lembre-se de que um dia o prejudicado pode, de fato, ser você.

*Lucas Moura é soldado da Polícia Militar do Acre e exerce a função de jornalista na Assessoria de Comunicação da instituição

[Agência de Notícias do Acre]

Artigos Relacionados 4e5a1r

Acre vai sediar 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa de Clima e Florestas dos Governadores 6a662e

Jamile Romano

Governo Federal autoriza construção de mais 600 unidades habitacionais para o Acre 644d6

Marcio Nunes

Na Expoacre, um boi foge da área de rodeio e invade ruas do Parque de Exposição e causa pelo menos um ferido 4e2n4q

Raimundo Souza

Governo do Acre direciona R$ 41 milhões à cultura por meio da Fundação Elias Mansour em 2024 4r12k

Jamile Romano

Histórias que a Educação do Acre ajudou a escrever em 2024 442q5r

Jamile Romano

Lei Maria da Penha completa 18 anos celebrando implantação de medidas de proteção às mulheres 236v24

Marcio Nunes